terça-feira, 9 de setembro de 2014


 
MACHADO DE ASSIS-MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS

Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco. (Machado de Assis, in Memórias Póstumas de Brás Cubas)

1. Pode-se afirmar, com base nas idéias do autor-personagem, que se trata:
a) de um texto jornalístico                 b) de um texto religioso
c) de um texto científico                    d) de um texto autobiográfico         

2.  Para o autor-personagem, é menos comum:
a) começar um livro por seu nascimento.   

b) não começar um livro por seu nascimento, nem por sua morte.
c) começar um livro por sua morte.                                 d) não começar um livro por sua morte.

3.  Deduz-se do texto que o autor-personagem:
a) está morrendo.        b) já morreu.      c) não quer morrer.    d) não vai morrer.   

4. A semelhança entre o autor e Moisés é que ambos:
a) escreveram livros.                      b) se preocupam com a vida e a morte.
c) não foram compreendidos         d) falam sobre suas mortes.

5.  A diferença capital entre o autor e Moisés é que:
a) o autor fala da morte; Moisés, da vida.
b) o livro do autor é de memórias; o de Moisés, religioso.
c) o autor começa pelo nascimento; Moisés, pela morte.
d) Moisés começa pelo nascimento; o autor, pela morte.

6. “Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim.” Nesta oração encontramos a oração coordenada:

a) aditiva            b) adversativa       c) alternativa     d) explicativa

7. ”...a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto...” Esta frase do texto encontrou presente a oração subordinada substantiva:

a) apositiva        b) predicativa        c) subjetiva      d) objetiva direta  

8. “Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.” Nesta oração encontramos a oração coordenada:

a) aditiva     b) adversativa     c) alternativa     d) explicativa
 

6.9. “..para os outros e para nós mesmos afim de sermos compreendidos...” Nesta frase  retirada do texto fez-se presente a oração subordinada adverbial:

a) temporal       b) proporcional      c) consecutiva      d) final
 

10. Na frase: "Maria do Carmo tinha a certeza de que estava para ser mãe", a oração subordinada é: 

a) subordinada substantiva objetiva indireta         b) subordinada substantiva completiva nominal

c) subordinada substantiva predicativa                 d) coordenada sindética conclusiva

IMIGRANTES ITALIANOS E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DE NOSSO PAÍS.

Os primeiros imigrantes italianos começaram a chegar ao Brasil foi entre as décadas de 1880 e 1910 que houve o maior fluxo de italianos para o território brasileiro, principalmente, para as regiões sul e sudeste do país.

Por que os italianos vieram para o Brasil

Grande parte dos italianos que migrou para o Brasil era de origem humilde, principalmente de regiões rurais da Itália. O Brasil era visto como uma terra nova, repleta de oportunidades. Vale lembrar que a Itália passava por uma crise de desemprego na segunda metade do século XIX, gerada, principalmente, pela industrialização do país. O alto crescimento populacional não foi acompanhado pelo crescimento econômico do país e pela geração de novos empregos, fazendo com que muitos italianos optassem pela vida em outros países (Brasil, Estados Unidos, Argentina, França, Suíça, entre outros).

Se por um lado a Itália tinha muitas pessoas querendo buscar trabalho em outros países, o Brasil necessitava de mão-de-obra. Após a Abolição da Escravatura (1888), os agricultores optaram pela mão-de-obra de origem europeia, ao invés de integrarem os ex-escravos ao mercado de trabalho. O próprio governo brasileiro fez campanha na Itália para atrair esses italianos para o trabalho na lavoura brasileira.

As colônias italianas no Brasil

Grande parte das colônias italianas se concentrou nas regiões sul e sudeste do Brasil. O estado de São Paulo foi o que mais recebeu imigrantes italianos que foram trabalhar nas lavouras de café e também nas indústrias da capital do estado. 

Já no sul do país, estes imigrantes se concentraram, principalmente, na região da Serra Gaúcha. Muitas colônias italianas foram criadas em cidades como, por exemplo, Bento Gonçalves, Caxias do Sul e Garibaldi. A cultura de uva para a produção de vinho foi a principal atividade econômica realizada por estes imigrantes.

A diminuição da imigração italiana para o Brasil

No começo do século XX, começou chegar à Itália, notícias das péssimas condições de trabalho e moradia de famílias italianas residentes no Brasil. Essas informações foram divulgadas pela imprensa, fazendo com que diminuísse drasticamente a vinda de italianos para o Brasil.

A cultura italiana no Brasil

Os italianos que vieram viver no Brasil trouxeram na bagagem muitas características culturais que foram incorporadas à cultura brasileira, estando presentes até os dias de hoje. Muitas palavras italianas foram, com o tempo, fazendo parte do vocabulário português do Brasil. No campo da culinária esta influência foi marcante, principalmente, nas massas (macarronada, nhoque, canelone, ravióli, etc.), molhos e pizzas. Os italianos também ajudaram a fortalecer o catolicismo no país.
- Entre os séculos XIX e XX, cerca de 1,5 milhão de imigrantes italianos vieram residir no Brasil.

O processo imigratório foi de extrema importância para a formação da cultura brasileira. Esta, foi, ao longo dos anos, incorporando características dos quatro cantos do mundo. Basta pararmos para pensar nas influências trazidas pelos imigrantes, que teremos um leque enorme de resultados: o idioma português, a culinária italiana, as técnicas agrícolas alemãs, as batidas musicais africanas e muito mais. Graças a todos eles, temos um país de múltiplas cores e sabores

 

Arte italiana é a expressão utilizada para caracterizar todo o processo evolutivo das artes visuais que floresceram no território atualmente compreendido pela Itália, desde as manifestações artísticas da Antiguidade até os dias de hoje. Na Roma Antiga, sob influência da cultura helênica, a região da Itália se tornou um importante centro de difusão da chamada teknê grega e da ars latina (concepção que unia a habilidade artística à capacidade produtiva do indivíduo), com fortes consequências no campo da escultura, da cerâmica e da arquitetura. Séculos mais tarde, durante a Idade Média, a arte italiana contribuiu para uma nova concepção estética do estilo gótico, opondo-se a seus efeitos dinâmicos em favor de uma interpretação mais paleocristã. O Renascimento, por sua vez, implicou uma busca de uma linguagem racional e na valorização da herança da Antiguidade. De forma ambivalente, o Maneirismo buscará estabelecer limites a esses elementos clássicos, ao mesmo tempo que endossará a academização da produção artística italiana. No Barroco lançam-se as premissas de uma arte pomposa e de efeitos - cujo rebuscamento atingirá seu ápice no Rococó e seu o ocaso no Neoclassicismo. No que tange à arte moderna, a Itália terá no Futurismo uma de suas mais singulares criações.

 

Arte italiana é a expressão utilizada para caracterizar todo o processo evolutivo das artes visuais que floresceram no território atualmente compreendido pela Itália, desde as manifestações artísticas da Antiguidade até os dias de hoje. Na Roma Antiga, sob influência da cultura helênica, a região da Itália se tornou um importante centro de difusão da chamada teknê grega e da ars latina (concepção que unia a habilidade artística à capacidade produtiva do indivíduo), com fortes consequências no campo da escultura, da cerâmica e da arquitetura. Séculos mais tarde, durante a Idade Média, a arte italiana contribuiu para uma nova concepção estética do estilo gótico, opondo-se a seus efeitos dinâmicos em favor de uma interpretação mais paleocristã. O Renascimento, por sua vez, implicou uma busca de uma linguagem racional e na valorização da herança da Antiguidade. De forma ambivalente, o Maneirismo buscará estabelecer limites a esses elementos clássicos, ao mesmo tempo que endossará a academização da produção artística italiana. No Barroco lançam-se as premissas de uma arte pomposa e de efeitos - cujo rebuscamento atingirá seu ápice no Rococó e seu o ocaso no Neoclassicismo. No que tange à arte moderna, a Itália terá no Futurismo uma de suas mais singulares criações.

 

A influência africana na cultura contemporânea brasileira.

Os escravos africanos chegavam ao Brasil através do tráfico negreiro. Ao chegar a seu destino, eram obrigados a trabalhar como escravos em lavouras de cana-de-açúcar, jazidas de metais preciosos, como ouro e diamante em benefício de Portugal. Mesmo tendo que se adaptar aos costumes do novo espaço onde eram obrigados a trabalhar com péssimas condições de vida, não abandonaram suas raízes culturais. Essa “fidelidade” deixou resquícios que contribuíram para a formação atual da diversificada cultura brasileira.
Naturalizados pelo animismo, os africanos logo que desembarcavam nos portos eram batizados e recebiam nomes cristãos (João, José, Lucas e etc.) sendo obrigada a seguir a religião da coroa portuguesa, mas muitos mantinham seus cultos africanos escondidos, já que de acordo com a primeira constituição, promulgada em 1888, o catolicismo era considerado a religião oficial da colônia, sendo outros cultos permitidos desde que não houvesse templos ou locais de adoração. De qualquer forma, as religiões afro-brasileiras continuavam na ilegalidade e sob perseguição uma vez que não eram consideradas religiões pelos europeus.
Muitos habitantes do norte da África chegavam ao Brasil cultuando o islamismo. Tais negros desembarcaram principalmente nas cidades de Salvador e compunham o grupo étnico mais perseguido pelas autoridades devido as constantes rebeliões incitadas pelos mesmos.
Na época do escravismo, havia também lideres religioso, o qual se acreditava que eram capazes de lidar com o sobrenatural. Esses eram os curandeiros, procurados pelos africanos para tratar de alguma doença física ou mental. Acreditava-se também que os mortos agiam para proteger os vivos de doenças e espíritos malignos, uma vez que o elo com os vivos não se rompia após a morte. Tal crença é bem comum no Brasil atualmente.
As religiões afro-brasileiras expandiram-se pela sua capacidade de atrair pessoas, inclusive, brancas e livres.

A presença dessas pessoas foi bem vinda, pois aproveitaram desse envolvimento para conseguir respeito e segurança.
A expansão do candomblé ocorreu em 1888, porém continuava a ser perseguido por policiais e sofrendo preconceito. Após muita luta contra essa barreira montada pela coroa, a partir de 1976 os candomblés foram permitidos a cultuar seus orixás livremente, sem preocupações ou restrições. Essa expansão e consequente liberação de culto resultaram na adoção do candomblé como religião oficial por parte de grande número de brasileiros, em torno de três milhões habitantes.

Na época da escravidão, a arte e a religião estavam muito ligada uma com a outra. Na África, cada Orixá tinha suas cores, suas músicas, suas danças e tudo isso tinha um significado e fazia parte de determinados rituais. Para quem não sabe, Orixás são semideuses criados pelo deus supremo Olorun, para proteger todos os elementos da natureza. Os artistas africanos usavam sua criatividade para pintar e esculpir imagens de Orixás e divindades, já que as pinturas e esculturas dos deuses e semideuses (Orixás e divindades) não seguiam uma forma padrão. Mas não é porque os artistas africanos podiam usar a criatividade, que eles iam pintar qualquer coisa para representá-los. Os africanos tinham de serem fiéis às características e feições mágicas de cada divindade e Orixá.

Muitas igrejas no estado de Minas Gerais foram ornamentadas por pintores, entalhadores e douradores africanos. Executavam um trabalho manual, e já que havia muito preconceito nessa época, a maioria da população recusava essas atividades.  Alguns ficaram famosos esculpindo imagens de santos, santas e anjos. Como exemplo temos Antônio Francisco Lisboa, nascido na conhecida Ouro Preto, Minas Gerais. Lisboa era filho de uma escrava africana. Por questão de uma doença que comprometeu o movimento de suas mãos e seus pés, Lisboa pintava e esculpia com as ferramentas amarradas nas mãos. Após essa doença, Lisboa ficou conhecido como Aleijadinho. Mesmo ficando famoso, Aleijadinho morreu pobre e abandonado.

Outro escultor e pintor famoso foi Valentim da Fonseca e Silva, que também era filho de mãe escrava. Assim como Aleijadinho, introduziu inovações na forma de pintar e esculpir, não se submetendo aos modelos de representação europeus.

Havia também escravos e filhos de escravos que se tornavam músicos no interior das igrejas. Muitos desses músicos fizeram fama em Minas Gerais. Um deles foi Antônio de Sousa Lobo, que se destacou como grande compositor no século XVIII, e seu grupo de músicos havia até um lugar certo onde tocar, que eram em grandes festas em Vila Rica.

Com todas essas obras africanas, não foram só as igrejas que passaram a comprá-las, os governos e particulares também passaram a comprar.

Após o fim da escravidão, o panorama da arte brasileira mudou bastante. Uma grande mudança foi que houve uma maior aceitação nas academias de artes. Muitos artistas negros e brancos foram conquistando liberdade de expressão, inclusive de dialogar sobre as temáticas e influências africanas.

Abaixo falaremos um pouco sobre dois artistas que representaram os novos tempos:

Heitor dos Prazeres – Nasceu no Rio de Janeiro. Era cantor, compositor e pintor. Sambas e marchinhas compostas por ele ganharam projeção nacional. Foi após a morte de sua esposa que Heitor começou sua carreira de pintor, tendo assim, um reconhecimento internacional. Suas obras mostravam os morros cariocas e o samba com tons fortes.

A contribuição alemã para a formação da cultura brasileira


A imigração e a colonização alemã no Brasil tiveram um importante papel no processo de diversificação da agricultura e no processo de urbanização e de industrialização, tendo influenciado, em grande parte, a arquitetura das cidades e, em suma, a paisagem físico-social brasileira.

O imigrante alemão difundiu no Brasil a religião protestante e a arquitetura germânica; contribuiu para o desenvolvimento urbano e da agricultura familiar; introduziu no país o cultivo do trigo e a criação de suínos. Na colonização alemã, não se pode negar, está a origem da formação de um campesinato típico, marcado fortemente com traços da cultura camponesa da Europa Central.

No domínio religioso, há de se reconhecer a influência dos pastores, padres e religiosos descendentes de alemães. Várias igrejas luteranas foram implantadas com a chegada dos imigrantes e o próprio ritual católico adquiriu certas especificidades nas comunidades alemãs.

A vida cultural dos imigrantes também teve um papel importante na formação da cultura brasileira, especialmente no que diz respeito a certos hábitos alimentares, encenações teatrais típicas, corais de igrejas, bandas de música e assim por diante. Exemplo característico é a Oktoberfest, que, a princípio, surgiu como uma forma de manifestação contra as atitudes tomadas pelo Estado Novo ao proibir atividades culturais que identificassem a germanidade. Hoje, ela é uma festa que simboliza a alegria alemã, tendo incorporado, com adaptações e modificações, a gastronomia, a música, a língua alemã.

A influência africana na cultura contemporânea brasileira.

Os escravos africanos chegavam ao Brasil através do tráfico negreiro. Ao chegar a seu destino, eram obrigados a trabalhar como escravos em lavouras de cana-de-açúcar, jazidas de metais preciosos, como ouro e diamante em benefício de Portugal. Mesmo tendo que se adaptar aos costumes do novo espaço onde eram obrigados a trabalhar com péssimas condições de vida, não abandonaram suas raízes culturais. Essa “fidelidade” deixou resquícios que contribuíram para a formação atual da diversificada cultura brasileira.
Naturalizados pelo animismo, os africanos logo que desembarcavam nos portos eram batizados e recebiam nomes cristãos (João, José, Lucas e etc.) sendo obrigada a seguir a religião da coroa portuguesa, mas muitos mantinham seus cultos africanos escondidos, já que de acordo com a primeira constituição, promulgada em 1888, o catolicismo era considerado a religião oficial da colônia, sendo outros cultos permitidos desde que não houvesse templos ou locais de adoração. De qualquer forma, as religiões afro-brasileiras continuavam na ilegalidade e sob perseguição uma vez que não eram consideradas religiões pelos europeus.
Muitos habitantes do norte da África chegavam ao Brasil cultuando o islamismo. Tais negros desembarcaram principalmente nas cidades de Salvador e compunham o grupo étnico mais perseguido pelas autoridades devido as constantes rebeliões incitadas pelos mesmos.
Na época do escravismo, havia também lideres religioso, o qual se acreditava que eram capazes de lidar com o sobrenatural. Esses eram os curandeiros, procurados pelos africanos para tratar de alguma doença física ou mental. Acreditava-se também que os mortos agiam para proteger os vivos de doenças e espíritos malignos, uma vez que o elo com os vivos não se rompia após a morte. Tal crença é bem comum no Brasil atualmente.
As religiões afro-brasileiras expandiram-se pela sua capacidade de atrair pessoas, inclusive, brancas e livres.

A presença dessas pessoas foi bem vinda, pois aproveitaram desse envolvimento para conseguir respeito e segurança.
A expansão do candomblé ocorreu em 1888, porém continuava a ser perseguido por policiais e sofrendo preconceito. Após muita luta contra essa barreira montada pela coroa, a partir de 1976 os candomblés foram permitidos a cultuar seus orixás livremente, sem preocupações ou restrições. Essa expansão e consequente liberação de culto resultaram na adoção do candomblé como religião oficial por parte de grande número de brasileiros, em torno de três milhões habitantes.

Na época da escravidão, a arte e a religião estavam muito ligada uma com a outra. Na África, cada Orixá tinha suas cores, suas músicas, suas danças e tudo isso tinha um significado e fazia parte de determinados rituais. Para quem não sabe, Orixás são semideuses criados pelo deus supremo Olorun, para proteger todos os elementos da natureza. Os artistas africanos usavam sua criatividade para pintar e esculpir imagens de Orixás e divindades, já que as pinturas e esculturas dos deuses e semideuses (Orixás e divindades) não seguiam uma forma padrão. Mas não é porque os artistas africanos podiam usar a criatividade, que eles iam pintar qualquer coisa para representá-los. Os africanos tinham de serem fiéis às características e feições mágicas de cada divindade e Orixá.

Muitas igrejas no estado de Minas Gerais foram ornamentadas por pintores, entalhadores e douradores africanos. Executavam um trabalho manual, e já que havia muito preconceito nessa época, a maioria da população recusava essas atividades.  Alguns ficaram famosos esculpindo imagens de santos, santas e anjos. Como exemplo temos Antônio Francisco Lisboa, nascido na conhecida Ouro Preto, Minas Gerais. Lisboa era filho de uma escrava africana. Por questão de uma doença que comprometeu o movimento de suas mãos e seus pés, Lisboa pintava e esculpia com as ferramentas amarradas nas mãos. Após essa doença, Lisboa ficou conhecido como Aleijadinho. Mesmo ficando famoso, Aleijadinho morreu pobre e abandonado.

Outro escultor e pintor famoso foi Valentim da Fonseca e Silva, que também era filho de mãe escrava. Assim como Aleijadinho, introduziu inovações na forma de pintar e esculpir, não se submetendo aos modelos de representação europeus.

Havia também escravos e filhos de escravos que se tornavam músicos no interior das igrejas. Muitos desses músicos fizeram fama em Minas Gerais. Um deles foi Antônio de Sousa Lobo, que se destacou como grande compositor no século XVIII, e seu grupo de músicos havia até um lugar certo onde tocar, que eram em grandes festas em Vila Rica.

Com todas essas obras africanas, não foram só as igrejas que passaram a comprá-las, os governos e particulares também passaram a comprar.

Após o fim da escravidão, o panorama da arte brasileira mudou bastante. Uma grande mudança foi que houve uma maior aceitação nas academias de artes. Muitos artistas negros e brancos foram conquistando liberdade de expressão, inclusive de dialogar sobre as temáticas e influências africanas.

Abaixo falaremos um pouco sobre dois artistas que representaram os novos tempos:

Heitor dos Prazeres – Nasceu no Rio de Janeiro. Era cantor, compositor e pintor. Sambas e marchinhas compostas por ele ganharam projeção nacional. Foi após a morte de sua esposa que Heitor começou sua carreira de pintor, tendo assim, um reconhecimento internacional. Suas obras mostravam os morros cariocas e o samba com tons fortes.

IMIGRANTES ITALIANOS E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DE NOSSO PAÍS.

Os primeiros imigrantes italianos começaram a chegar ao Brasil foi entre as décadas de 1880 e 1910 que houve o maior fluxo de italianos para o território brasileiro, principalmente, para as regiões sul e sudeste do país.

Por que os italianos vieram para o Brasil

Grande parte dos italianos que migrou para o Brasil era de origem humilde, principalmente de regiões rurais da Itália. O Brasil era visto como uma terra nova, repleta de oportunidades. Vale lembrar que a Itália passava por uma crise de desemprego na segunda metade do século XIX, gerada, principalmente, pela industrialização do país. O alto crescimento populacional não foi acompanhado pelo crescimento econômico do país e pela geração de novos empregos, fazendo com que muitos italianos optassem pela vida em outros países (Brasil, Estados Unidos, Argentina, França, Suíça, entre outros).

Se por um lado a Itália tinha muitas pessoas querendo buscar trabalho em outros países, o Brasil necessitava de mão-de-obra. Após a Abolição da Escravatura (1888), os agricultores optaram pela mão-de-obra de origem europeia, ao invés de integrarem os ex-escravos ao mercado de trabalho. O próprio governo brasileiro fez campanha na Itália para atrair esses italianos para o trabalho na lavoura brasileira.

As colônias italianas no Brasil

Grande parte das colônias italianas se concentrou nas regiões sul e sudeste do Brasil. O estado de São Paulo foi o que mais recebeu imigrantes italianos que foram trabalhar nas lavouras de café e também nas indústrias da capital do estado. 

Já no sul do país, estes imigrantes se concentraram, principalmente, na região da Serra Gaúcha. Muitas colônias italianas foram criadas em cidades como, por exemplo, Bento Gonçalves, Caxias do Sul e Garibaldi. A cultura de uva para a produção de vinho foi a principal atividade econômica realizada por estes imigrantes.

A diminuição da imigração italiana para o Brasil

No começo do século XX, começou chegar à Itália, notícias das péssimas condições de trabalho e moradia de famílias italianas residentes no Brasil. Essas informações foram divulgadas pela imprensa, fazendo com que diminuísse drasticamente a vinda de italianos para o Brasil.

A cultura italiana no Brasil

Os italianos que vieram viver no Brasil trouxeram na bagagem muitas características culturais que foram incorporadas à cultura brasileira, estando presentes até os dias de hoje. Muitas palavras italianas foram, com o tempo, fazendo parte do vocabulário português do Brasil. No campo da culinária esta influência foi marcante, principalmente, nas massas (macarronada, nhoque, canelone, ravióli, etc.), molhos e pizzas. Os italianos também ajudaram a fortalecer o catolicismo no país.
- Entre os séculos XIX e XX, cerca de 1,5 milhão de imigrantes italianos vieram residir no Brasil.

O processo imigratório foi de extrema importância para a formação da cultura brasileira. Esta, foi, ao longo dos anos, incorporando características dos quatro cantos do mundo. Basta pararmos para pensar nas influências trazidas pelos imigrantes, que teremos um leque enorme de resultados: o idioma português, a culinária italiana, as técnicas agrícolas alemãs, as batidas musicais africanas e muito mais. Graças a todos eles, temos um país de múltiplas cores e sabores